Orientações
Gerais:
A artrose gosta
do calor e detesta o frio, portanto, as articulações devem
estar sempre bem aquecidas. Manter a casa aquecida no inverno, não
utilizar água fria nas mãos, utilizar bolsas quentes e lençóis
térmicos ajudam a aliviar as dores.
Evitar agachamentos(ficar
de cócoras), pois esta posição é semelhante
a pressionar uma esponja com toda a força e retirar todo o conteúdo
de liquido dela, acontecendo o mesmo com a cartilagem nos joelhos e quadris.
Evitar escadas
e lombadas nas caminhadas.
Caminhar no
plano o tempo que desejar, desde que não sinta dores durante a caminhada.
Se iniciar a doer, interromper e reiniciar mais tarde. Esta orientação
de interromper o exercício no surgimento de dor serve para qualquer
tipo de exercício ou esporte que a pessoa que tem artrose queira
praticar: ginástica, hidroginástica, tênis, vôlei,
etc. A cartilagem gosta de movimento, e, portanto, não vai aumentar
o desgaste se a pessoa caminhar ou realizar exercícios com moderação,
o que vai acontecer é que a carlilagem estará melhor lubrificada
e receberá melhor a nutrição que vem do líquido
articular(sinovial).
Fisioterapia:
Exercícios
de alongamento são extremamente benéficos para as articulações,
principalmente quando estão iniciando ou já estão
com artrose, porque existe uma tendência a limitar a amplitude de
movimentos em função do surgimento dos osteófitos(bicos
de papagaio), que são formações ósseas na ponta
dos ossos.
A utilização
de calor profundo, com ultra-som e similares aliviam as dores.
Antinflamatórios:
O desgaste
nas articulações aumenta o atrito destas, e isto leva a um
processo inflamatório que freqüentemente é a causa da
dor mais acentuada. O uso de um antinflamatório, portanto, alivia
a dor e faz diminuir o inchaço, porém não tem por
objetivo acabar com o desgaste, e, ao descontinuar o seu uso, o processo
inflamatório retorna. O risco maior está na utilização
a médio e longo prazo, pois podem causar efeitos colaterais perigosos,
como gastrite, ulceras, sangramentos. Atualmente, existem antinflamatórios
produzidos para terem uma ação mais seletiva, sem atacar
a mucosa gástrica, mas como toda a medicação, devem
ser utilizados com cautela, pois existem casos descritos de complicações,
e, estão tratando do efeito, não da causa.
Condroprotetores:
São
as substâncias que a cartilagem de quem tem artrose perde de sua
matriz, tornando-a friável e sujeita ao desgaste: glucosamina, condroitina
e diacereína. A reposição destas substancias tem o
objetivo de fazer com que a cartilagem volte a ficar saudável, passando
a articulação a funcionar melhor e aliviando e muitas vezes
acabando com as dores. Atenção: Não regenera a cartilagem.
Age sobre a cartilagem ainda presente nas articulações, e,
interrompe ou, retarda o processo de desgaste. O efeito depende muito do
estágio da artrose. Nos estágios iniciais o resultado é
excelente e ao que parece, interrompe realmente o processo; nos estágios
médios costuma aliviar bastante as dores, porém, não
interrompe totalmente a evolução, e, nos estágios
avançados da artrose, dependendo de qual articulação
está comprometida, pode dar um bom alívio das dores, como
nas articulações dos membros superiores. Nas articulações
dos membros inferiores, que sofrem com o peso do corpo, nos estágios
avançados, em que temos o contato osso-osso, já não
tem mais efeito algum.
Infiltrações:
São
injeções intra articulares de cortisona, e, em nossa clínica,
não as realizamos em articulações com artose, pois,
apesar de aliviar as dores temporariamente, aumenta a destruição
articular e tem sérios possíveis efeitos colaterais.
Injeções
intra-articulares:
Existem algumas
medicações, a base de hialuronato de sódio, que é
um tipo de óleo, que, ao ser injetado na articulação
com artose, aumenta a lubrificação, aliviando as dores. Costuma
ter um bom resultado nas artrose médias, e, raramente, nas avançadas.
Consiste de três a cinco injeções com intervalos semanais
no interior da articulação. O efeito destas injeções
costuma durar de 6 meses a um ano.
PST – Pulsed
Signed Therapy:
É um
tratamento a base de ondas eletromagnéticas com um campo unidirecional
pulsante, de intensidade muito baixa, com ondas retangulares que variam
no tempo de forma complexa. O tratamento consiste em 9 a 12 sessões,
dependendo de qual articulação será tratada, diárias,
só podendo ser interrompido por uma vez por no máximo 72
horas. Cada sessão tem a durabilidade exata de 1 hora. PST não
regenera cartilagem. Não existe nenhuma documentação
científica comprovando isto. Existem artigos científicos
demonstrando alguma regeneração de cartilagem em laboratório.
Existem artigos científicos demonstrando bons resultados clínicos
na utilização do tratamento PST em algumas patologias articulares:
artrose em geral, bursites e tendinites. Com relação a artrose,
o resultado costuma ser muito satisfatório em ombros e coluna, e
em quadris e joelhos quando a artrose é inicial. Não temos
observado bons resultados em pacientes com artrose de quadril ou joelho
com artroses médias ou avançadas. O tratamento PST é
uma excelente alternativa não cirúrgica para o tratamento
de casos selecionados de artrose. O paciente deve estar ciente de que o
objetivo deste tratamento é aliviar os sintomas e não curar
o paciente, sendo o principal objetivo aliviar a dor. O alívio alcançado
com o PST costuma durar aproximadamente 3 anos.
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